segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ao famoso desconhecido.

Minha cara, era um tal de cara estranho, de uma cara estranha.. Tinha os dentes e os lábios manchados pelo batom de suas mais antigas putas. Puta cara estranho. De paletó verde musgo, e sapatos de salto. De chapéu coco e de uma androginia incontestável devido a pálida maquiagem sobre o rosto cansado. De hálito amargo, comprovando seus boêmios hábitos. De língua afiada e de pinto murcho. De saco cheio, e de dentes para amolar. Puta cara estranho. Vai de bar em bar, babar na boca das bonitas moças, vai tropicando de bar em bar, a afundar a cara nas poças dos ladrilhos que descem a ladeira, a afundar a cara no mais puro Liquor. Puta cara estranho. Sem vergonha, sem um puto, sem um grama, sem fama, sem nada.



Morreu afogado em uma de suas poças. Um minuto de silêncio ao um escroto qualquer que morreu. Puta cara estranho.

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